Assim se inicia a travessia Um passo na corda banda Mais um passo com calma (pra não cair) Se equilibra na linha, lá em cima bem alta Se cair só a alma que vai subir Pra lá..... vai vai...... pra cá Vem de um lado pro outro no rosto o esforço pra se equilibrar
Se equilibra se concentra se mantém na linha reta Na linha da vida minha poesia se completa Me equilibro, me concentro, me mantenho em linha reta Vou manter o meu caminho no vai e vem da caneta eu vou Pra lá..... vai vai...... Pra cá Vêm de um lado pro outro no rosto o esforço pra se equilibrar Passo a passo vou passar, pelas linhas sem deixar ela cair Passo a passo vou passar, pela vida sem deixar ela cair
Não me julgue por querer vencer, sem deixar cair O equilibrista faz o corre sem pensar em você
É como se cada verso ampliasse o espaço; Cada rima que faço equivale a um passo Se o passo é em falso eu erro o traço E na linha do tempo eu pago o preço Na linha da vida arrisco o pescoço E no vai e vêm da corda sinto o chacoalhar dos ossos, Os braços e pernas o corpo treme Nessas horas sou eu mesmo e mais ninguém Respiro fundo e o equilíbrio me mantém de pé Pois tenho obrigação de ir além Nem que seja apenas uma letra a mais Mas que seja minha assim como as demais Nem que seja outra história pra contar Mas que me leve além do que eu pudesse imaginar E eu nunca imaginei que eu pudesse chegar tão longe E ao mesmo tempo perto do que me fez começar Me esforçar, pra escrever dezesseis Entender que talvez fosse melhor me esforçar Mas ao invés de vocês, os tais reis, que disseram que eu não chegaria aos pés E eu fiz o que antes ninguém fez Vocês aplaudirem de pé o equilibrista
Vou..... Pra lá....... vai vai....... Pra cá Vêm de um lado pro outro no rosto o esforço pra se equilibrar Passo a passo vou passar, pelas linhas sem deixar ela cair Passo a passo vou passar, pela vida sem deixar ela cair
Passo a passo faço mais um traço! Faço mais um passo traço a traço! Na fumaça um mundo novo faço! Faço um mundo novo na fumaça! Faço um mundo novo na fumaça!