De sol a sol, Qualquer dia O suor é o que sustenta muitas barrigas vazias Pessoas que trabalham pro qualquer preço Para ter o que comer ao fim do dia Não é fácil se esconder da fome Que acompanha o pobre como uma sombra Não é fácil se esconder da vida Que aponta o dedo pra aumentar a ferida
A fome é o rascunho da morte!
Dignidade, honestidade e honradez É o que se espera de um homem justo Mas não há espaço pra justiça Quando a fome lhe grita aos ouvidos Brutalidade, hipocrisia e demagogia Se tornam os predicados do dia-a-dia Alguns brigam por justiça em nosso nome Mais vale um prato pra matar a fome