Moro longe na sombra da serra Num canto de terre entre os buritis Onde agente escuta o dia inteiro O cantar dos faceiros belos Betevis Ninguém ousa seguir minha trilha Minha armadilha pegas os imbecis Sou do mato sou peso pesado Gorila enfezado sou pedra e raiz Rezo muito pra nossa senhora Toda hora pra ser bem feliz Meu cachorro me ajuda na luta Buscando o alimento, caçando a perdiz Poucas vezes eu vou a cidade Prefiro ficar junto das Juritis Pensamento sempre positivo Porque o negativo nos faz infeliz
Certo dia meu pobre cachorro Picado ele foi pela cobra Coral Levei ele ao veterinário Más ele me disse o veneno é fatal Se você não quiser que ele sofra Um tiro certeiro seria normal Pra evitar que o bichinho sofresse Levei o embora pra dar lhe o final Arma na testa, um homem porem Me chamou de anormal Esse cão já muito lhe ajudou Por tanto não cometa esse terrível mau Um amigo não mata outro amigo Cabe a natureza o papel principal Se ferires alguém com uma espada Pode te sobrar a ponta de um punhal
Esse homem de poucas palavras Me deu um bilhete num gesto de paz Leia em casa pra saber meu nome Porque a este mundo não pertenço mais Pegou meu cachorro nos braços Levando com sigo sem olhar pra traz Vi então que sobre ele voava Num gesto sereno um anjo da paz Eu fiquei sem saber a verdade Olhando ao céu procurando os sinais Fui depressa para minha casa Pra ler o bilhete curioso demais Oh... Meu deus quanto arrependimento Aquele momento não esqueço mais No bilhete assim estava escrito Eu sou São Francisco protetor dos animais