Os Serranos

Campesino

Os Serranos

Warner 30 Anos: Os Serranos


Eu nunca afrouxei a perna
pra potro que corcoveia
me criei montando em pêlo
surrando só nas orelhas
e quando o matilho roda
é que a coisa fica feia
sou ligeirito, no mas
sou destes que não se enleia.

Numa parte de mangueira
tanto a pé como a cavalo
na saída de algum brete
sempre botei meu pealo
e quando a prosa é demais
que eu ouço muito e me calo
me deito em altas da noite
me acordo ao cantar do galo.

Quando faço um alambrado
que espicho bem o arame
se escapa o esticador
o tombo é que é mais infame
se danço mal no fandango
não me importa que reclame
em namoro de cozinha
só me paro no baldrame.

Se me meto na carpeta
pra jogar, não jogo pouco
se for preciso até brigo
mas não entrego o meu troco
o jogo é coisa do diabo
e eu sou burro quando empaca
já levantei de uma mesa
com dez cartas na guaiaca.

Meu serviço é coisa bruta
que não serve pra doutor
nem pra estes da gola fina
metido à conquistador
vivo lavorando à boi
pisando no meu suor
levantando alguma vaca
no fundo de um corredor.

Fui criado meio xucro
um pobre peão de estância
meio curtido de estrada
de tanto encurtar distância
respeitando minha estampa
no amor pela querência
sou feito de pau à pique
com o Rio Grande na consciência
com o Rio Grande na consciência
com o Rio Grande na consciência.

Composição: José Cláudio Machado, José Theodoro Dos Santos Jr

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