Palmeira e Luizinho
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Sabugo de Milho

Palmeira e Luizinho


(“- Êta viola danada, parece que qué falá
Cante uma moda, caboclo, cante que eu quero escuitá
Me ajuda meu companheiro, pra esse moço escuitá
Nóis vamo contá uma história de fazê as pedra chorá”)

Eu inda tinha vinte ano mais ou meno
Quando fiquei conhecendo uma cabocla trigueira
Perante Deus nóis casemo na capela
E esta flor tão singela ficou minha companheira

(“Mas com esse verso cantado com tanta sinceridade
Com vancês devia morá a dona felicidade! ”)

Por muito tempo tudo foi felicidade
Inté que um dia a maldade o meu rancho procurou
Minha cabocla esqueceu seu juramento
Desviou seu pensamento, de outro caboclo gostou

(“Eu já tô quase inteirado do que com vancê se passou
Você tava desconfiado ou foi alguém que lhe contou? ”)

Não foi preciso nem que eu desconfiasse
E que ninguém me contasse, ela mesmo me falou
Eu nesta hora senti uma coisa estranha
Uma loucura tamanha que meu corpo inté gelou

(“Não é precisa contá como é que vancê se vingou
Rançou da cinta o punhá e no peito dela encravou”)

Não companheiro, eu nem relei na marvada
Levei ela inté na estrada e pedi pra não vortá
E esta cabocla que era linda, era faceira
Hoje é um pau de aroeira onde ninguém qué encostá

(“- Caboclo, gostei de vancê e da sua resolução
Ela precisa sofrê pra pagá sua traição
Ela, coitada!
Vive por esse mundo passando de mão em mão
É um sabugo de milho rolando por esse chão”)

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Anacleto Rosas Jr. e Arlindo Pinto

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