Murmúrios estranhos, ressoam da colina diversos tamanhos, constroem a sua sina O bem-te-vi sem voz, agoniza a sua dor clamando auxílio de um beija-flor
E a verdadeira voz, discriminada e mal nascida tranforma a vida em nó, norte nódua reprimida Que pisam os ares e anelam a paz, que não serão ouvidas nunca mais sementes sem pressa licença fugaz
Bem-te-vi, estou aqui estou perto dos ares longe dos males dentro de ti
Beija-flor, sinto dor não relembro os fatos sou um mero encalço... Vamos sair
Sair para que, se os podres da glória retém o poder E o resto da escória não sabem dizer... Vamos fugir
Fugir para lá, se nem mesmo os pássaros sabem cantar e as outras memórias não podem gritar... Vamos ouvir...!
Beija, beija-flor, beija os mudos beija a ganância dos surdos imundos dos bem-te-vis que mal vi pela razão que corrói o coração, destemido pela morte, colibri
Canta, bem-te-vi, canta aos pobres retém a soberba dos ricos e nobres com um sutil linguajar e queima a língua dos desdenhos e arrogantes desse mundo ignorante que não sabem amar