Tudo certo Tudo perfeito Quanto mais errado Menos direitos Para provocar o mal Subiu o ódio Ver o tempo roubando o seu relógio Nada mais como queria, um dia em vão Seja santificado o vinho e o nosso pão Religião, um muro, duas visões Separando futuro destas nações Cujos olhos estão fechados de tanta desilusão Não abrindo para ver mais decepção Glórias em águas, meu pecado Está escrito num script o meu papel Dos versos que eu fiz, restou o recado As bocas se calam, quando se é réu Margens de sangue-suga ao seu redor Tentando lhe provocar o seu pior Tentando lhe deixar favorecido Mudando a máscara do seu bandido Num céu de estrela só sou fumaça Arrastando neblina pra sua praça Seu preço, seu medo tudo em sua volta Lhe fez pensar na forma que o mundo te molda Mitos, lendas, contos de fadas São discursos políticos da nossa pátria Meninos, meninas do nosso Brasil Se fechou os olhos, ela ou ele já sumiu Estão no tráfico do sexo extrangeiro Cafetão é o pai, empresário sem dinheiro Vender o corpo do seu filho é emprego Coitado de nós por ver tanta barbaridade A solução da solidão chegou na maldade Prisão perpétua não é o bastante Vender sua filha por um pedaço de diamante Educação cadê, empresário do inferno Usava trapo sujo, hoje se veste de terno Mas como dizem, sua pena está vindo Com o delegado, deputado e banqueiro Que recebiam uma parte do seu plano Hoje você vai conhecer o que é um puteiro Quando colocarem o cacete no sue bolso Tudo certo Tudo perfeito Quanto mais errado Menos direitos Para provocar o mal Subiu o ódio Ver o tempo roubando o seu relógio