[Vamos devagar e sempre Que a jornada é longa E o tempo não cansa Vamos cantando na estrada Que o cantar alegra E traz esperança]
Eu te convido, gaúcho, Tu que anda triste Pela estrada afora Chega pra cantar comigo Que a saudade, amigo, Já se vai embora Não adianta ser tristonho Pois a vida é um sonho Que a gente desfaz Só a tal fatalidade E a dor da saudade É que nos roubam a paz
Eu sou gaúcho de fato Sou índio gaudério Do sul do país Tenho orgulho em ser gaúcho Sou pobre e sem luxo Mas sou bem feliz Eu não ando me queixando Vivo trabalhando E a honra conservo E há gente que até me apedreja Porque sente inveja Da vida que eu levo
Nunca te queixes da vida Levanta a cabeça E caminha com fé Pois a gente só é gente Sendo simplesmente O que a gente é Não chores assim baixinho, Se tens que chorar Levanta a tua voz E olha pra trás de repente, Verás que tem gente Mais triste que nós
Compositor: Adair Rubim de Freitas (Adair de Freitas) ECAD: Obra #36307 Fonograma #11005