Adão da Viola e Paulo Rolim

Corrida do Tempo

Adão da Viola e Paulo Rolim


Nos caminhos sinuosos na estrada do tempo
Tantos desalentos sofri, chorei, mas sei
Que na viagem tão curta no fértil da terra
Tudo se encerra e nada enxerguei, se vi não sei

De dentro pra fora é o seu poder
Tem que ser guerreiro pra sobreviver
Com os olhos do tempo tem que aprender
O sabor das massas é a decisão
Pra ser boiadeiro ter que ter gibão
Pra ser brasileiro tem que ser peão

Na incerteza da vida cumpri o destino
E nos desatinos caminhando ainda vou
Sou manada campeada num campo perdido
O triste mugido há tempos ressoou, boiada eu sou

De dentro pra fora é o seu poder
Tem que ser guerreiro pra sobreviver
Com os olhos do tempo tem que aprender
O sabor das massas é a decisão
Pra ser boiadeiro ter que ter gibão
Pra ser brasileiro tem que ser peão

Eu fui massa de manobra, fui tão inocente
Vi gente da gente chorar e sofrer em vão
Povo que mata e que morre é vida sofrida
Vida sem partida, foi tudo sem razão, é ilusão

De dentro pra fora é o seu poder
Tem que ser guerreiro pra sobreviver
Com os olhos do tempo tem que aprender
O sabor das massas é a decisão
Pra ser boiadeiro ter que ter gibão
Pra ser brasileiro tem que ser peão

Compositores: Joaquim Albano dos Santos (Wanderil), Paulo Barbosa Rolim (Paulo Rolim)
ECAD: Obra #2911278 Fonograma #1247656

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