Nesses versos tão singelos Minha bela, meu amor Pra vancê quero contá O meu sofrê, a minha dor E sou como o sabiá Que quando canta é só tristeza Desde o gaio onde ele tá
Nessa viola Canto e gemo de verdade Cada toada Representa uma saudade
Eu nasci naquela serra Num ranchinho beira chão Todo cheio de buraco Onde a lua faz clarão Quando chega a madrugada Lá no mata a passarada Principia o baruião
Nessa viola Canto e gemo de verdade Cada toada Representa uma saudade
Lá no mato tudo é triste Desde o jeito de falá Quando pegam na viola Dá vontade de chorá Não tem um que cante alegre Tudo vive de tristeza Cantando pra aliviá
Nessa viola Canto e gemo de verdade Cada toada Representa uma saudade
Vou pará com a minha viola Já não posso mais cantá Pois o Jeca quando canta Dá vontade de chorá E o choro que vai caindo Devagá vai se sumindo Como as águas vão pro má E o choro que vai caindo Devagá vai se sumindo Como as águas vão pro má
Compositor: Angelino de Oliveira (Tasso de Oliveira) ECAD: Obra #2361 Fonograma #11466814