(Poema inspirado no Livro Cantares do Rei Salomão)
Sol do ocaso a brilhar espelhando seu olhar Rica mirra a gotejar, seus cabelos a alar Verdes campos faz-me estar entre os lírios dos vales Voz do olimpo a bradar qual destros em guerra
Marfim alvo a sorrir em seus lábios escarlate Raro incenso de uma flor do Parnaso a exalar Prisioneiro a habitar suas tendas ao luar Qual torrente a cortar um canteiro de bálsamo
(Declamação) Qual o lírio entre os espinhos é minha amada entre as donzelas Suas faces são como um canteiro de bálsamo com colunas de ervas aromáticas Seus lábios são lírios que gotejam mirra preciosa Suas mãos são cilindros de outeiro embutidos de jacinto Seu sorriso como alvo marfim Pôe-me como selo sobre o teu coração, porque o amor é forte como a morte E duro como a sepultura o ciúme Suas brasas são brasas de fogo, veementes labaredas As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios afogá-lo
Marfim alvo a sorrir em seus lábios escarlate Raro incenso de uma flor do Parnaso a exalar Prisioneiro a habitar suas tendas ao luar Qual torrente a cortar um canteiro de bálsamo