Antonio Villeroy

Ouro

Antonio Villeroy


Eldorado
Brilho encantado da mina
Até o escuro ilumina
Até mesmo onde reina a preguiça
Onde aparece atiça

No dedo no brinco no vaso no punho cerrado
no peito suado de quem lhe rapina
Parece que nunca termina
Quem não tem lhe cobiça

Sobra no cofre gelado do homem ávaro
Que mata e que morre por essa valia
Esse perdeu sua guia
Nada mais vê no horizonte

Mas pra mim o que reluz não cega
É pedra de meditação
Vem do sol a luz que me carrega
Doura a lua em tua mão

Não cega
Sossega o meu coração
Meu olho no teu acerta
O centro do furacão
Teu olho no meu
É ouro

Metal raro
Quem por ti não alucina
Pedra da arte divina
Quem não te perde de vista
Pensa no dom do alquimista

Cai no vapor da batalha a brilhante medalha
De quem celebrava o sabor da conquista
Briga de rei e rainha
O bispo e sua ladainha


Pesa o colar da vadia
No corpo lanhado de quem foi buscá-lo no fundo da terra
É só queza ou quimera
Ou bons ventos da nova era

Mas pra mim o que reluz não cega
É pedra de meditação
Vem do sol a luz que me carrega
Doura a lua em tua mão

Não cega
Sossega o meu coração
Meu olho no teu acerta
O centro do furacão
Teu olho no meu
É ouro

-
La?Valentini

Compositores: Henrique George Mautner (Jorge Mautner), Jose Antonio Franco Villeroy (Totonho Villeroy), Luiz Alberto Nunes Alves (Bebeto Alves), Nelson Carlos Coelho de Castro (Nelson Coelho de Castro)
ECAD: Obra #25644537 Fonograma #9920851

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