Sou de uma terra que não levo desaforo Vacilão só leva couro se não souber respeitar Todos já sabem bem que eu sou osso duro Seja claro ou escuro boto mesmo pra quebrar
Sou nordestino sou vaqueiro do sertão Quando visto o meu gibão dá vontade de aboiar E bota a sela no lombo do meu cavalo E saio correndo atrás do gado sem vontade de parar
De madrugada quando o galo está cantando Ouço o carneiro berrando Não consigo cochilar
E eu desperto com o cantar dos passarinhos Que vão deixando seus ninhos Para o campo semear
De manhãzinha corro logo pra cozinha Chamo Maria Chiquinha Para vim me aprontar
Eu visto a roupa, pego a viola Canto esse xote da roça Pra moçada se animar
Atualmente nada disso existe mais Todo mundo é capaz de querer menosprezar Eu reconheço que além da sobrevivência Pois homem incompetente burro não sabe o que faz
Agora eu sei está tudo diferente Quem quiser que se aguente Todos tem que se virar O melhor mesmo é me livrar da polícia Dar porrada nos patifes pra saber me respeitar
Compositores: Antonio Pedro Campos (Antonio dos Palmares) (ANACIM), Manoel Alencar Fernandes (Diogenes) (SOCINPRO)Editor: Aguia Record Discos e Edicoes Musicais (UBC)ECAD verificado obra #16765 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM