Barrerito
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A Moça Do Carro De Boi

Barrerito

Noite De Plantão


Velho carreiro ao parar de carrear
Pra sua filha o comando ele entregou
E aqueles bois se acostumaram com a moça
De tal maneira que jamais ele encalhou

Podia estar no lamaçal mais perigoso
Bastava ela dar apenas um sinal
Pra se ouvir gemer trotão dentro do barro
E os bois tirando o carro do terrível pantanal

Somente a moça a boiada obedecia
Sem o seu grito o velho carro não saia

um dia a moça adoeceu e aqueles bois
Outro carreiro não queriam respeitar
Era preciso que ela viesse a janela
E desse ordens pra boiada caminhar

Até que um dia sem ouvir a voz da moça
Puxaram o carro lentamente pela estrada
Porque levavam o seu corpo no caixão
Quão uma flor de estimação pra sua última morada

Esse mistério ninguém sabe se não foi
A voz da moça do além tocando os bois

daquele dia tudo se modificou
Tanta tristeza tomou conta do lugar
O velho carro que era dela silenciou
E a boiada nunca mais quis carrear

De sentimento por perder a companheira
Foram morrendo um a um pelos currais
Quem somos nós pra entender tamanha dor
Como cabe tanto amor nos corações dos animais

Compositores: Floriovaldo Alves Ferreira (Creone), Jose Fortuna (Ze Fortuna), Joao Doracio (Carlos Cesar)
ECAD: Obra #21629 Fonograma #939032

Letra enviada por lincoln greik dos santos

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