Queria jogar tudo o que te deram para o alto e garimpar mãos pelos pés como as margens de um ofício correndo pelas noites de água fria
luar místico, extra-corpóreo te perpassa, te toca te faz reparar na conduta frígida faz perder o eixo da coluna procurar um lugar pra tecer lágrima sente que a vida vai, vai te devorar e que que o ardor da páprica pode te abastecer áspera a condição em que pigmentos vão temperar e afogar mergulhar em condimentos e buscar acontecer
vamos embora não há nada a se tocar aqui refúgio, servidão a retorcer-se e concluir
vamos embora retomar o que for te servir as sobras renderão aproveitar o que não repelir
vamos embora não há nada a acrescentar aqui sem corpo ou rendição e nenhum canto pra fugir
vamos embora vai brotar o que deixou aqui talvez num só depois quando deixar o tempo reagir
essa cidade nunca foi nossa, baby há pedaços secos de carcaça humana na calçada e nunca vamos conhecer esses genomas sob as solas das botinas da corte fardada