Belmiro e Belmonte
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História do Ladrão

Belmiro e Belmonte


Muita gente diz que existe destino
Quero acreditar e ao mesmo tempo não
Tá certo que eles prazer não teriam
Sem viver nas grades de uma prisão

E agora entre as grades eu fico pensando
É a minha mãe que foi a culpada
Nasci e cresci na maior liberdade
Só vinha dormir nas altas madrugadas

Me lembro tão bem igual fosse hoje
Que o primeiro roubo na vida que eu fiz
Arrombei um cofre tirei cem cruzeiros
Dentro da igreja da nossa matriz

Eu era criança ainda bem me lembro
Dez a onze anos muito eu teria
Minha mãe pegou aquele dinheiro
Botou no seu bolso com muita alegria

E assim fui crescendo até ficar moço
Aprofundando sempre no vício tirano
Tinha inteligência que dava de sobra
Esperto e tão vivo tal qual um cigano

Fiz muitos assaltos, roubos e crimes
Só prazer sentia fazendo maldade
Ao assaltar um banco a máscara caiu
Desta vez cai nas mãos das autoridades

E agora entre as grades eu fico olhando
As aves serenas voando no espaço
No meu coração ficando a tristeza
Parece que vai quebrar em pedaços

Que fique de exemplo aos pais de famílias
Que tem grande amor nos filhos seus
Reprima seus filhos desde pequeninos
Pra depois não ter que sofrer como eu

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho), Walter Amaral
ECAD: Obra #47124550

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