eu andei muito sozinho sofrendo barbaridade querendo esquecer a china que me deu tanta saudade me embretei por esse mundo igual cachorro sem dono chorei um mar de tristeza botei a vida em brabeza pra fugir deste abandono
êta chinoca tão arisca que foge da pista suando o cangote não quer varar a madrugada comigo grudada a dançar o xote
mas quem já sofreu de amores não esquece um só momento fica andando sem destino que nem pandorga no vento eu voltei pra junto dela igual o pinto pro ovo grudei que nem carrapato como quem gosta do prato e mando vir tudo de novo
êta chinoca tão arisca que foge da pista levantando poeira não quer varar a madrugada comigo grudada a dançar a rancheira
esta china é mais arisca que potro chucro na soga se o índio não for treinado num corcoveado se arroga é mulher que não se acanha e não aceita desaforo eu voltei pros braços dela e vou viver grudado nela que nem cabelo no coro
êta chinoca tão arisca que foge da pista que nem redomão não quer varar a madrugada comigo grudada a dançar vanerão
não há mal que sempre dure não tá morto quem peleia e eu vou domar esta china de puro sangue na veia vou trazer de rédeas curtas e esporas bem afiadas pra que ela saiba quem manda e não me saia de banda na hora da corcoveada
êta chinoca tão arisca só entra na pista me fazendo fita não quer varar a madrugada comigo grudada a dançar chamarrita
Compositor: Joao Miguel Marques de Medeiros (Joel Marques) ECAD: Obra #5346424 Fonograma #1185559