Berenice Azambuja
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Meu Pago Minha Terra

Berenice Azambuja


Na deixe patrĂ­cio falar deste pago
Que anda sem afago, amor e afeto
Defende este teto que te viu nascer
NĂŁo ande a correr, seja mais correto

NĂŁo deixe os estranhos guapos companheiros
Nem um estrangeiro pisar no que Ă© teu
Alguém jå morreu lå por trinta e cinco
Defende com afinco este pago que Ă© teu

NĂŁo deixe esta moda tĂŁo impertinente
Entrar de repente neste teu rincĂŁo
Se tens coração, carinho e lirismo
Sinta o gauchismo e o amor pelo chĂŁo

Aceite um pedido deste veterano
RoĂ­do pelos anos pede por clemĂȘncia
Com muita veemĂȘncia herdade farrapa
Que cinge na lhapo o amor na querĂȘncia

NĂŁo deixe o desprezo estropiar o gaĂșcho
Que é simples sem luxo de lenço ao pescoço
NĂŁo chamem de grosso pois bombacha e bota
Nunca foi chacota para o teu retoso

Não despreze a raça imponha o respeito
E bata no peito pois quem luta vence
Sou porto-alegrense que vive em cantiga
Mas defende em briga meu chĂŁo rio-grandense

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