Eu nasci naquelas terras onde o minuano assobia Cevando a erva pro mate, chimarreando todo dia Sou gaúcha de verdade na raça e no coração Gauderiando em outros pagos mesmo assim nas veias trago o sangue da tradição
O sol levanta cedinho e acorda o meu rincão E lá vai a gauchada pra roda de chimarrão
Quando bate uma tristeza, daquelas que a gente chora Dá uma vontade danada de largar tudo e ir embora Então eu pego a acordeona e deixo o fole rasgar Corro os dedos no teclado e num vaneirão largado me esqueço até de chorar
O sol levanta cedinho e acorda o meu rincão E lá vai a gauchada pra roda de chimarrão
Quando penso na querência, vem a saudade baguala E se acomoda no peito, numa dor que não se iguala Esquento a água pro mate e chimarreio à vontade Me sento à sombra da casa e penso que crio assas viajando nesta saudade
O sol levanta cedinho e acorda o meu rincão E lá vai a gauchada pra roda de chimarrão
Terra buena e hospitaleira de um povo alegre e gentil Sua natureza desenha a bandeira do Brasil Contrasta as neves do inverno, o céu tingido de azul Os trigais amarelando com as campinas verdejando o meu Rio Grande do Sul
O sol levanta cedinho e acorda o meu rincão E lá vai a gauchada pra roda de chimarrão
Compositor: Joao Miguel Marques de Medeiros (Joel Marques) ECAD: Obra #54077 Fonograma #548252