Pra toda loucura tem um doido Pra todo segredo, confissão Pra todo caminho tem atalho
Pra todo problema, solução Pra toda distâncai, o tempo Pra todo pecado, oração
Eu vou cantando Devagar no miudinho Pra ganhar o seu carinho Mando ver no maracá Se eu cair Posso levantar de novo Mas se for no mei do povo Com certeza vou gostar
Venha de lá Eu daqui sem muita pressa Vou te levar na conversa É melhor se preparar Corro distância Para não entrar na briga Mas depois que faço figa Pode o mundo se acabar
Pegou fogo na multidão Tem faísca no meu baião
Pra todo namoro, desejo Pra todo sim, tem um não Pra todo recado, menino Pra todo aprendiz, a lição Pra toda saudade, lamento Pra toda cegueira, visão
Amanheceu É melhor tomar seu rumo Se não for, eu lhe aprumo Deixe o sol me clarear Eu sou a luz Que destrói a madrugada Na carreira estabanada Que não tem como parar
Aonde canto Mulher fica apaixonada É assim minha pegada Sou bonito pra danar Eu sou do baque Do teatro, mamulengo Maracá, telego-tengo Curumim, jubiabá
Pegou fogo na multidão É o cheiro do meu baião
Pra toda estrada, passeio Pra toda corrente, um nó Pra toda viola, um rei Pra seu dominguinhos, xodó Pra toda sanfona, gonzaga Pra todo nordeste, forró
Se der um pulo Vou pra outra gravidade Quando fico com saudade Vou bater no ceará Peguei carona Fiz lambada com calango Meu forró parece tango Quem quiser pode dançar
Tô preparado Pode vir que lhe derrubo Meu toitiço tem adubo De chouriço, de fubá Meu pensamento Corre mais que ventania Pra pegar na cantoria Cantador de landuá
Pegou fogo na multidão É o cheiro do meu baião
Compositor: Edilberto Cipriano de Brito (Beto Brito) ECAD: Obra #14262683