errando só no rio nu corpo da canoa os olhos no vazio e o eco só ressoa o murmúrio do rio
sondaia solta um pio e a sombra se amontoa o peito sente frio o braço rema à toa a escuridão do rio
"cê vai, ocê fica, você não volta mais"(*)
o mundo por um fio que a água desenhou e o corpo conduziu até que a mão deixou a vida pelo rio
(*Citação não literal de trecho do conto "A terceira margem do rio", de Guimarães Rosa.)
Compositor: Roberto Silva Furquim Marinho Homem de Mello (Beto Furquim) (ABRAMUS)Publicado em 2008 (27/Jun)ECAD verificado obra #6558505 e fonograma #1382042 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM