Os raios iluminam as margens do lago Ao longe os trovões ecoam E no meio das águas, a náu sinistra dos homens que aprisionam os parintintin São cruéis, cariús, brancos tapuitins São cruéis, cariús, brancos tapuitins
Os sons das guerras se ouvem nas correntes que trazem a morte na coragem dos bravos guerreiros que mesmo cativos prisioneiros nao se dobram, nem se entregam à sorte
As tempestades e as águas revoltas As mãos que sobem aos céus as mãos que pedem proteção de Ipayé
No ar, as nuvens soltas e os raios que riscam a escuridão Ouvem o grito do grande pajé (Uruá, Uruá, Uruápiara) (Uruá, Uruá, Uruápiara)
No meio do lago, o vento anuncia a fera E das águas do Ipixuna vem o grande Uruá Uruá Peara Ente protetor, naufraga embarcação Para os cativos, a vida a libertação Uruá Peara Aos invasores, a noite, o horror Uruá Peara O frio das águas, a morte e a destruição
Compositores: Silvio Fernando da Silva Barbosa (Silvio Camaleao), Hugo Fernandes Levy Filho, Neil Armstrong Queiroz Natividade (Neil Armstrong) ECAD: Obra #2852679