As luas errantes revelam os segredos que guardam A profanada aldeia palikur, paikwenê, parikoré Os galhos envergam no sopro dos ventos uivantes Que vibram as teias das caçadoras Predadoras, devoradoras
A maldição de porah caiu sobre a tribo da marca Dos olhos da noite Seres rastejam ocultos nas gretas do solo Para despertar
Tarântulas, carangueijeiras, armadeiras, viúvas-negras Tribos de aranha (hei ha) Das teias, nos fios de seda descem fiandeiras Camufladas, sorrateiras
A metamorfose da maloca enigmática vai começar
As palhas caranás arrepiam e formam ferrões de peçonha Das culmieiras esteios se erguem e tornam-se pernas e garras Redes casulos que guardam suas crias Levantam a grande maloca e vaga na floresta dos paricore