Nóis agora vai falar Dos homens de importação Que passa perto da gente E manchado de batão Ninguém diz que estes homens Foi beijado à traição
("-Falá em beijo, Mineirinho. Ocê sabe que a minha muié deu pra usá um batão que tem gosto de açúcar? Ô Bolinha. Ocê sabe que também já notei isso? ")
Os homens que bebe pinga São chamado beberrão Todos dizem que ele é ruim Muitas vez é um homem bão O defeito destes homens Sai de dentro do garrafão
("- Ô Mineirinho, fala em bebê pinga, ocê alembra do tempo que eu bebia? Se alembro Ô rapaz, eu bebia eu não podia trabaiá. Era só eu bebê não podia trabaiá Aí eu vi que eu tava sendo prejudicado memo, eu peguei larguei de mão De bebe? Não, de trabaiá")
Os homens que é jogador Tem mania de ladino Se ele chega se casar Passa as noite nos cassino Despreza as mulher em casa Despois diz que é o destino
("- Ô Mineirinho, ocê alembra aquele tempo que eu trabaiava no circo? Se alembro Ocê vê rapaz, ia trabaiá no circo quando eu vinha pra casa Entrava lá mais ou meno três, quatro hora da madrugada Sua muié não achava ruim, não falava nada? Não, ela chegava depois de mim")
Os homens que são artista Que tem esta vocação Todos chamam de vagabundo Fazendo mal intenção Ninguém diz que o artista Trabalha pra ganhar o pão
("- Eu já sô diferente, viu Mineirinho? É? Eu não trabaio pra ganhá o pão não Ocê trabaia pra ganhá o que Bolinha? Pra ganhá uma padaria")
Os homens que acharam ruim Que descurpe o mal jeito Que não leve isto a mar Seja nosso amigo do peito Pra quem gosta do que não presta Aqui tá dois rapaz direito
Compositores: Jader Bruno de Carvalho (Mineirinho), Jordao Longuinho Mota (Bolinha) ECAD: Obra #99878