Tenho um amigo de Olinda que se chama Alfredo Diz que paulista não dá certo pra cantar e dançar frevo, hum! É! Eu ofendido fiquei, no sertanejo sou rei! Da terra das andorinhas Pra Pernambuco rumei. Ver qualé a das sombrinhas
Pus na pick up as minha mala junto do violão Que nói capota, mai num breca é o jeitão do sertão É, eu vou mostrar a vocês como se dança um bailão, bota chapéu, cinturão E uma garrafa na mão, olha o chifre no peão, touro te joga no chão
Quase fervo nessa febre de desbravar o Brasil Quase morro de saudade do que meu olho não viu
Já na Bahia meu bom fim, sinhô, é São Salvador No sobe e desce da cidade andava de pareô, hum! Vixe! Num instante, dotô, cá seu amigo ficou pelado em pleno Pelô Dei mole a contraventor... quase que tive um piti
Lá em Recife um ariano caçador de siri Diz que maracatu agora chama-se manguebeat E de repentista me vi, numa embolada buli com a mãe do dono dali É, pois eu tive que fugir pulando mais que saci, quase que eu jurupari!
Quase fervo nessa febre de desbravar o Brasil Quase morro de saudade do que meu olho não viu
Olhei Olinda e é mesmo linda de cima da ladeira Lembrei do Alfredo e na verdade tamo os dois de besteira É! Xote, xaxado, ijexá, baião quer coco sambar, mistura e vê no que dá, vamos a moda violar, corri pra beira do mar, lasquei o meu Odô Yá, ?- volta pro teu lugar, já?! Foi o que disse Yemanjá! Tá! Foi divertido e no fim quase que eu não me fudí!
Compositores: música: Albano Sales, Letra: Allessandro Dias