Vai virar, vim com a razão de cantar Então vou levar, verdade pra quem ficar, então
A verdade não se encobre, centelha pra quem cobre Diz pra quem mandou parar que diss é pra quem teve sorte Sem essa de incerteza, eu sei quem me criou Desde o ventre a beleza, mas eu também senti dor Acho que eu nasci verso E hoje nele adentro Bem mais tempo que do berço Tipo um livro que eu concentro Mas tenho visto umas cópia de história Tipo daquele que não tem seus planos Aquele que grita e omite a escória Que a máscara cai no decorrer dos anos É que cê pega caneta só pra fazer graça E ainda me diz "faço parte da massa" Cita o sabota como referência Mas sua vida tá no reticência Problema não é fazer rap É mentir sobre o que cê vivia Fica hype e bota o cap Tô vendo cê é tipo trivia
Muito moralista pra tão pouca ação Grito de apoio de quem não estende a mão É fácil saber quem só paga de conceito Ou cê paga de quebrada ou de quem estufa o peito Você se expressa ou é pressa? Vira fantoche da peça Por trás de quem te manipula, te prego uma peça Eu não sou da laia de quem você preza A cultura não pede que invente, mas sim que se reinvente Não sou do tipo que mente, e sim de quem abriu a mente Veneno da pior serpente Verdade com a dor consequente Porque minha palavra é de risco letal E quem se incomoda é o alvo principal Tô por fora da lei mas minha rima é legal Fora do perfil de quem quer ser igual Caminho sem volta no abismo infernal Quem quer ser aceito até morre por tal Mas tô do lado diferencial, e esse lado é um passo inicial De quem fez a escolha certa, tipo a cartada final
Vai virar, vim com a razão de cantar Então vou levar, verdade pra quem ficar, então
Um salve pros manos da Vila Tolstói, Vila Industrial, Artur Alvim E toda gente que sabe que isso é real, e acredita que isso vai virar
Compositor: Kevin Bryan Tavares (Bryan Tiller) ECAD: Obra #38853300 Fonograma #43190386