Cabeças No Ar
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A Corrente do Jogo

Cabeças No Ar


Na toada do Inverno
Quando o frio dá o mote
Não há maior riqueza
Que ter em cima um capote

Mas mal uma bola pincha
O sol brilha-me no rosto
Atrás dela um compincha
Cada um logo ao seu posto

Sinto-me que nem archote
Já em mangas de camisa
E tu ó meu rico capote
Já és poste de baliza

Toca, toca, toca a campainha
És balde de água no fogo
És como sofrer um golo
Toca, toca, toca a campainha
És como sofrer um golo
Contra a corrente do jogo

Venha lá o Universo
Venha o Sistema Solar
Quanto a mim não há melhor
Que ter bons pés para fintar

Venha o corpo em pormenor
Falanginha, falangeta
Quanto a mim não há pior
Que ter na equipa um perneta

Foi tão breve o intervalo
E o jogo ainda empatado
Quem nos dera o regalo
De a seguir haver feriado

Toca, toca, toca a campainha
És balde de água no fogo
És como sofrer um golo
Toca, toca, toca a campainha
És como sofrer um golo
Contra a corrente do jogo (bis)

Toca a campainha
Toca a campainha
Toca a campainha
És como sofrer um golo
Contra a corrente do jogo

Composição: Carlos Tê / João Gil

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