Domingo à tarde eu saí Na rua eu vi uma briga fela Por causa dos linguarudos Que falam tudo que vem na goela
Tem mulher que quando brigam O que vem na língua já quer dizer Quando uma mulher passou A outro insultou e já começou E o pau quebrou mesmo pra valer
Naquele pere-pêpê Ouvi uma dizê dando um pé-de-ouvido Magrela, vou lhe ensinar Você não olhar mais pro meu marido
Brigaram numa ladeira E deu rasteira e pescoção Saiu puxão de gadeia E tapa na oreia que cambaleia Uma hora e meia de confusão
Uma mulher gorda e alta E a outra magra como não há A magrela deu de puxa E fez a gorducha se esparramá
Gorducha entrou no couro E por socorro já deu o grito Seu marido logo veio Entrou no meio e serviu de reio Berrou mais feio do que um cabrito
Magrela foi vencedora E com postura bateu gogó Falava na vizinhança Que na Venância bateu sem dó
Com a boca que nem um fole Tomava um gole de uma caninha Dizendo, minha magreza Mas na destreza na redondeza Eu tenho certeza que sou rainha
Compositor: Jose Dercidio dos Santos (Praense) (ABRAMUS)Editor: Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2001 (26/Abr)ECAD verificado obra #1852062 e fonograma #3436 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM