O sertanejo já velho Sou eu cortando caminho Essa viola em meus braços É meu cajado de pinho A natureza é meu templo Aonde eu rezo sozinho Eu faço parte da terra É lá na fenda serra Aonde eu tenho o meu ninho
Eu sou a crosta ensebada Do próprio capim gordura Eu sou suor gotejando Na bica da pinga pura No brejo o barro amassado Na trilha da saracura E esse barro sou eu A própria cópia de Deus E a natureza é a moldura
E ante Deus eu sou tudo Perante o mundo sou nada Me julgo filho adotivo Da estrela d'alva encantada Que vem puxando as estrelas Na larga estrada azulada A candeeira do espaço Chega dormir nos meus braços No quarto da madrugada
São tantas coisas bonitas Que a natureza me inspira Aonde eu moro é tão quieto Nem o silêncio respira Eu sou a cópia do mundo Do jeito que a terra gira O meu conselho é certeiro Na hora de um desespero Consulte sempre um caipira
Compositores: Antonio Borges de Alvarenga (Cacique) (ABRAMUS), Jose Caetano Erba (Caetano Erba) (SICAM), Nilton Ramos da Costa (Nilton Costa) (SADEMBRA)Publicado em 2022 (31/Mar)ECAD verificado obra #2085685 e fonograma #32598317 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM