Não me sai do pensamento O lugar que eu fui criado A fazenda onde eu morei Tinha o nome de Lajeado Onde meu pai foi carreiro E eu também fui empregado Tinha oito boi de carro Que por nós foram amansado Mas papai não teve sorte Boi Maiado era o mais forte E o patrão mandou pro corte Um dos bois mais estimado
Eu estava na invernada Quando eu recebi o recado Meu coração de caboclo No peito bateu magoado Fui correndo ao matadouro Mas cheguei muito atrasado Consegui comprar o couro E o boi já tinham matado Veio no meu pensamento Mandei trançar quatro tento Por ser um boi de talento Deu um laço reforçado
Numa tarde de verão Saí pra correr o gado O meu patrão tinha ido Junto com seus convidados Pra fazer uma pescaria Lá no seu poço cevado E lá no rancho beberam E ficaram embriagado Pescaram muito nesse dia Veja só quanta alegria Pra fazer uma pescaria Meu patrão foi respeitado
Rio Tietê estava cheio Barranco de lado a lado Ele pegou uma canoa Entrou num canal errado Ouvi um grito de socorro Fui correndo preparado Tirei da chincha depressa Meu cipó enrodilhado Pra salvar o meu patrão Joguei toda a extensão Com o laço em barbatão Quando ele fica alongado
Meu patrão foi muito rico E tinha muito guardado Herança do pantaneiro De cangote calejado E jamais ele pensava No boi que tinha matado Ia salvar sua vida No rio Tietê afamado Grande de um grande tesouro E usava cheque ouro Mas foi salvo pelo couro Do saudoso boi Maiado
Compositores: Jose Aparecido Bergamim (Bergamim), Antonio Borges de Alvarenga (Cacique) ECAD: Obra #504012 Fonograma #132783