No tempo da escravidão Havia um coronel Entre tudo que possuía Estava seu lindo anel
Anel de diamante puro Que tinha duplo valor Uma herança de família Que vinha do bisavô
Num domingo de manhã O coronel foi pescar Com seu barco de madeira Deslizava pelo mar
E naquela euforia O homem se distraiu O seu anel de diamante Nas águas do mar sumiu
Ao dar falta do anel Acabou sua alegria Voltou logo para casa Acabou-se a pescaria
Seu escravo Zacarias Na hora fez uma prece E dizia, tenha fé Que seu anel aparece
Respondeu o coronel No terreiro da vivenda Rezar não adianta nada Milagre pra mim é lenda
Deixe de falar bobagem Vai cuidar do teu serviço O anel está perdido E não se fala mais nisso
Quatro dias se passaram Quarta-feira de tardinha Passou ali na fazenda Um vendedor de sardinha
A esposa do coronel Disse para a governanta Prepare esses peixinhos Para a mistura da janta
A empregada já pegou Meia dúzia de sardinhas Dali a pouco chamou A patroa na cozinha
Pois no ventre da sardinha Estava um lindo anel E nele estava gravado O nome do coronel
Compositores: Antonio Borges de Alvarenga (Cacique) (ABRAMUS), Francisco Fornasiero (Nho Chico) (AMAR)Editor: Allegretto Digitalstudios & Publishing Ltda (UBC)Publicado em 2005 (30/Mai)ECAD verificado obra #6764681 e fonograma #1142312 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM