Tenho meu cocar de pena Colar de dente de fera Sou nascido em Cabana Bem no meio da tinguéra
Minha selva é enfeitada Quando chega a primavera Pra fazer minha caçada Faço ceva na ramada onde a pintada béra
Dizem que o índio é selvagem Quero que fiquem sabendo O índio ama o verde Nas águas não põe veneno
Eles não assaltam bancos Conforme vocês tão vendo Vejo gente na cadeia Por mexer em coisa alheia tem homem branco morrendo
No vale do Tocantins Entre castanhas e coqueiros O índio sofre pressão De capangas e posseiros
Não tem direito ao chão Onde ele pisou primeiro Oh! Tupã onipotente Olhai pela nossa gente, os meus irmãos brasileiros
Defendendo a natureza Do sertão e da cidade Cantando e tocando viola Conquistamos amizade
No lugar onde chegamos Ao partir fica a saudade Para o povo hospitaleiro Os dois índios violeiros desejam felicidades
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Antonio Borges de Alvarenga (Cacique) (ABRAMUS), Antonio Francisco Teodoro (Antonio Teodoro) (ABRAMUS), Joaquim Cassiano Filho (Mulatinho) (SICAM)Editor: Latino Editora Musical Ltda. (UBC)Administração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 1982 (20/Dez)ECAD verificado obra #266620 e fonograma #4695 em 09/Abr/2024 com dados da UBEM