Eu entrei num restaurante e sentei lá num cantinho Nisso chegou uma mulher rodeada de filhinho. Pediu um resto de comida nem que fosse um bocadinho. O garçom foi empurrando por cima dos menininhos. Se tem fome a culpa é sua se ponha no olho da rua E vai limpando o meu caminho.
Vendo aquela triste cena eu me revoltei sozinho. ao garçom eu fui dizendo tome cuidado mocinho. Eu não sou nenhum ricaço mais também não sou mesquinho. Ela é um ser humano e necessita de carinho. Ninguém põe ela pra fora respeite bem essa senhora E esses pobres coitadinho.
Ela vai comer aqui com seus filhos reunidos. Negar um resto de comida é um golpe dolorido. Põe a toalha na mesa e atenda o meu pedido. O que vier pra mim comer pra ela será servido. Eu pagarei a quantia mais traga o prato do dia E não me venha com sortido.
A senhora sofre muito vejo pelo seu semblante. Ela contou sua estória silenciou o restaurante. Meu marido foi um homem que por nós lutou bastante. Honrado e trabalhador no serviço era constante. Mais ele foi assaltado e morreu assassinado Pelas mãos de um assaltante.
Esse grande sofrimento é o que hoje me consome. Criminoso está preso mais não vou dizer seu nome. Sei que ele está pagando pela justiça dos homens. Na cadeia tem conforto lá ele bebe e come. Por causa de um vagabundo fiquei sozinha neste mundo E os filhos passando fome.
Compositores: Francisco Gottardi (Sulino), Moacyr dos Santos ECAD: Obra #25604 Fonograma #1642338