Um caboclinho de fibra De talento e de opinião Namorava escondido A filha do seu patrão
Mas o velho descobriu E lhe chamou atenção Dizendo: - a minha filha É uma flor em botão Que vive num vaso nobre É flor que um moço pobre no vai poder pôr a mão
O caboclinho ficou Da cor do sol de verão Puxou a faca da cinta E fez um risco no chão
E falou pra sua amada Consulte o seu coração Se quiser casar comigo Pule o risco da paixão Pra longe vamos partir E quem tentar impedir tem que ser bão no facão
O velho coçou o queixo Pensou mas não reagiu Levando a mulher amada O caboclinho partiu
Se casou na capital E a sorte lhe seguiu Estudando e trabalhando Se formou e progrediu O velho arruinou a vida Com mulher, jogo e bebida a riqueza destruiu
Sabendo que na pobreza O sogro estava jogado O caboclinho voltou Ao lugar que foi criado
Comprou a grande fazenda Onde ele foi maltratado Entregando para o sogro Disse: - deixo aos seus cuidados Mudou a regra do jogo Agora além de sogro o velho é seu empregado
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Jesus Belmiro Mariano (Jesus Belmiro), Jose Nir dos Santos (J.dos Santos), Roque Pereira Paiva (Boiadeiro) ECAD: Obra #266899 Fonograma #4694