Quem sabe um dia desses a luz da consciência Repouse o seu clarão no coração dos homens. Retire essa avidez dos olhos E o deserto da sua boca. Quem dera um dia desses a solidão dos homens, Com sua espada, fundo lhes ferisse o peito, Tomasse conta do seu leito E se fizesse companheira. Só assim lhes abriria os olhos, Céu azul se tornaria, Luz do sol, flor pelos caminhos, Só assim se acenderia o peito, Só assim compreenderiam Que essa dor de querer sozinho
Há de ganhar céu e dia, Há de querer coisa viva, Há de tomar sua vida, Levar pela mão, Mandar no que vai dizer. Cada vez que pensarem no mundo, Só negar o caos, imenso vendaval; Cada flor que vier no caminho, Só ilusão dos olhos, Só ambição da alma Pensar: Hoje a poesia sou eu! Hoje a poesia sou eu! Hoje os meus sonhos são meus! Hoje o meu eu sou eu!
Há de ganhar céu e dia, Há de querer coisa viva, Há de tomar sua vida, Levar pela mão, Mandar no que vai dizer. Há de ganhar céu e dia.
Compositor: Joao Candido dos Santos Rodrigues (Candinho) ECAD: Obra #1778159