Canto Cego
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Nuvem Negra

Canto Cego

Valente


Inunda
O vento que sopra é de carne e osso
Sufoca essa terra e arrasta o homem disposto

As gotas de nuvem são pedras
Rasgam meus canteiros
Invocam meu mundo sereno de olhar traiçoeiro

Ah Laraia
Quando vai parar, não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Ah... e se a chuva parar eu não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom

Abusa
A brisa invoca a febre do povo
Confunde seus rastros de água com dores do corpo
Desprende lembranças dos tetos nessas corredeiras
Esperança na fonte dos verbos o? m das fronteiras

Ah Laraia
Quando vai parar, não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Ah... e se a chuva parar eu não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Promete no? m da promessa re-acreditar

Encontra nas horas de tédio o brilho no olhar
Do caos nascem novas maneiras de re-animar

Compositor: Roberta Moreira Dittz (Roberta Dittz)
ECAD: Obra #13374925 Fonograma #11845405

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