Rio de janeiro, canto em versos, expressos Não nego, como é tão belo, sentado na praia observo Que é certo, após doses de café expresso Me mantenho esperto, diante a beleza do seu manifesto
Nascer do sol, irradiar da minha mente Mais um dia começa e com ele toda essa gente Que caminha pra lá, não sei por quê? Pensamento viaja, pra longe do meu ser
Ando no centro da cidade no meio da multidão Aquela gente rala atrás de seu ganha pão Compro na Uruguaiana camisa da seleção Desembolso trinta pratas, ta na mão (pode crer)
Tamo junto com os amigos nos arcos da lapa Berço do samba, rap, berço da letra ritmada Mas após exagerar na cevada Tomo um susto parcero, acordando na praia (mais que furada !)
A cafeína é sagrada, que me deixa de pé em mais uma alvorada Mas quando dou por mim, peguei uma insolação Acordo na ambulância indo pro socorrão
Levanto meio estranho, pensando no acontecido Me sinto atordoado, um pouco estarrecido Lembrando que o rio não são só águas de março Com a cabeça em rodopio, desmaio, desmaio ...
(REFRÃO)
Existe um fosso, nesse colosso, ta separando o nosso povo ( 2X)
(Rio de janeiro no país das maravilhas !)
Acordo em uma segunda de janeiro, to no rio ! O calor é escaldante, não me sinto tão sadio Olha só o meu estado, to perturbado A ressaca chega junto, com o som pesado
Ontem foi um dia de alegria, hoje é um dia desgraçado Droga da passagem aumenta e tá tudo engarrafado Agora entendo a cidade além do carnaval Do avião de Tom Jobim, caio no Rio quarenta graus
É quando volto à realidade, não acho a bossa nova Enquanto o turista se diverte, o cidadão encontra a cova Como é que pode? Uns se chocam com a beleza Outros tomam choque de ordem
No centro do catete, desceram o cacete Pra cidade ser vitrine, jogam pra debaixo do tapete Mas ninguém se manifesta com essa onda de ma fé Quando chove nessa merda, cadê a arca de Noé ?
Pego um trem desgovernado, que vai perdendo a linha Não to em promoção, to numa lata de sardinha Vendo a cidade maravilhosa no país das maravilhas Com seus bairros segregados isolados feito ilhas
Sem falar nas manchetes, a cada “meia hora” Cabral escraviza índios e nossa tribo colabora Rio pra pan, olimpíada e copa Cadê o rio para o carioca, cadê o rio para o carioca ?
(REFRÃO)
Existe um fosso, nesse colosso, ta separando o nosso povo ( 2X)
Compositores: Mauricio Monteiro de Menezes (Mau Du Carta), Marcio Gabriel Fernandes da Motta (Mg Carta Na Manga), Yure Freire Aurore Romao (Yure Romao) ECAD: Obra #17073827