Ô dá licença preu chegar Ô dá licença preu chegar Tamborzão com embolada Cumpadi é ruim de aturar
Vamo misturar Demorou de ver no que vai dar Vamo viajar Tô preparado pra decolar
Funkero, correndo igual papa-léguas feito louco Faroeste Caboclo, contando meus troco Pelas ruas de chão Vem chegando mó bondão Tipo baile defumado Arrasta-pé no capitão
Virgulino Ferreira, pega e sai da reta Que a rima aqui é certeira Levanta poeira, levanta poeira Quando a tabaca toca Não adianta gritar Nem correr pra benzedeira
Louco de capoeira, martelo cruzado Objeto voador, não identificado Eu sobrevoo a Manguetown Atividade no farol Brasil, Deus e o Diabo na terra do sol
Bate dentro do meu peito A porrada da zabumba Me levando pra Palmares Igual Zumbi e Ganga Zumba
E os muleques nas esquinas Na noite de lua cheia Dançam ciranda com a morte Eternos capitães de areia
(Ret e Funkero)
Toque da embolada E o toque do tambor (Vem no toque da embolada, vem no toque do tambor) Batuque de caboclo Raiz de lutador (Latino americano, brasileiro sim, senhor)
Toque da embolada E o toque do tambor (Vem no toque da embolada, vem no toque do tambor) Batuque de caboclo Raiz de lutador (Latino americano, brasileiro sim, senhor)
(Ber Mc)
Cangaceiro e sua peixeira De rolé pelo sertão A Maria Macaxeira, o bando de lampião Lamparina com repente Vira rima de repente A cultura carioca nordestina delinquente
Jorge Amado, nordestino sim, senhor Vô de bode até o Rio Ver o mar e meu amor De jangada com minha nega Vou no xote e no xaxado Danço frevo e termino No baile funk lotado
Desce com o tamborzão Com a sanfona de Gonzaga Pode acender a baga Manga rosa que me acaba
O soltinho vem do pé Arrasta-pé com o Tom Zé Encoxando as mulher Manguetown tô em pé
Muita fé, com cochicho Gosta muito Qualquer dia tamo aí Maranhão e Salvador Ceará vem pro Rio Pra sambar, seu doutor Deixa passar minha quadrilha Liberdade e amor
[Trecho de "A Cidade", de Chico Science & Nação Zumbi]
(Shadow)
Na ponta da faca No toque da alfaia Na praia de Copa Na moça de saia
No funk do Catra Até o Maracatu Fui no mangue catar lixo Conversar com urubu
Eu tô na linha de frente Largo aço e repente Represento minha gente Igual lampião no cangaço
Ela queima lentamente Favela escaldante No céu na estrela cadente Só palavra sente
Eu vou rezar pra Padre Cícero Proteger minha semente Pra que plante a minha voz Até que os falange arrebente Consciente, pesada a linha fura o papel Sem partitura, pura Literatura de cordel
Uso o pincel de tinta escura Vermelha como a terra dura Do sertão sem chuva Poeira sobe sufocante Pra quem não atura Nossa cultura é forte Vento, pinga pura, pura
(Funkero)
Bate dentro do meu peito A porrada da zabumba Me levando pra Palmares Igual Zumbi e Ganga Zumba
E os muleques nas esquinas Na noite de lua cheia Dançam ciranda com a morte Eternos capitães de areia
(Ret e Funkero)
Toque da embolada E o toque do tambor (Vem no toque da embolada, vem no toque do tambor) Batuque de caboclo Raiz de lutador (Latino americano, brasileiro sim, senhor)
"Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus"
Compositores: Victor Hugo Freitas da Silva, Filipe Cavaleiro de Macedo da Silva Faria (Filipe Ret), Daniel Jose dos Santos Esteves (Daniel Shadow), Bernardo de Marsillac Romeiro Neto ECAD: Obra #45794755