Senhores não levam a mal os versos que eu canto agora Quem já conhece o ditado eu sei que não ignora E pra aquele que não conhece eu explico sem demora É que um gaúcho pilchado O povo esta acostumado a chamar guasca de fora
Com meu lenço no pescoço bombacha bota e espora Fui num baile de magrinho num salão em Santa Flora Quando cheguei o porteiro disse: - Pode ir embora Voltei no mesmo caminho Por que em baile de magrinho não entra guasca de fora
Já foi aquele entrevero no salão em santa Flora O Guasca entrava pra dentro e tiravam o guasca pra fora
A turma já perguntaram de onde é essa caipora Dei um tapa no porteiro e disse eu entro é agora Fiquei parado num canto mais ou menos meia hora As moças todas me olhavam que baita guasca de fora
O guasca entrava pra dentro tiravam o guasca pra fora E o povo todo gritava olha lá o guasca de fora
As moça gostam de fato é de guasca que namora Fui dançar com uma magrinha mas a mãe dela se estoura Prendeu um grito bem alto minha filha vamos embora O povo está reparando Por que você está dançando com essa guasca de fora
Quem não gostou dos meus versos não ri não fale não chora Por que o assunto de guasca ficou declarado agora Não precisam embravecer estou me arrancando embora Deixo um abraço por povo E um dia volto de novo cantando guasca de fora
Compositor: Celmar Gomes de Moraes (Moraezinho) ECAD: Obra #2386514 Fonograma #2571489