Diz-se que um cara só preza o que vai perder E do que sobra faz verso pra poder comer Fetiches, graças, imagens, Você não sacou? Cosmos, Caracas, Bancok, mas Ioki eu não sou
Já enchi a cara de cerveja mas você não pintou Mergulhei no sena, dei bandeira Mas você nem notou Já subi a Penha de joelhos Mas você não mudou Já enchi um saco de conselhos Mas você não sacou
Sobre a terra devastada, um sol sem calor Luz no deserto que a boca de um santo calou Anjos que roubam galáxias ao seu criador Ana que toca guitarra no Circo Voador
Já enchi a cara de cerveja mas você não pintou Mergulhei no sena, dei bandeira Mas você nem notou Já subi a Penha de joelhos Mas você não mudou Já enchi um saco de conselhos Mas você não sacou
Olhos de vaca no cio, Você não sacou? Sobras de Sintra na tinta do retrovisor Sexo que acorda Lisboas e tudo que eu sou Highways deslocam e pulsam beleza e pavor
Era uma zona de mistério entre o sublime e o terror Era o fantasma de Picasso no buraco do metrô Melting pot estou tão só sticky fingers Whisky a go-go Era casamento de Pessoa com a loucura de Rimbaud
Já enchi a cara de cerveja mas você não pintou Mergulhei no sena, dei bandeira Mas você nem notou Já subi a Penha de joelhos Mas você não mudou Já enchi um saco de conselhos Mas você não sacou
Compositores: Celso Jose da Fonseca (Celso Fonseca), Ronaldo Bastos Ribeiro (Ronaldo Bastos) ECAD: Obra #48875 Fonograma #2513284