A enchente chega tapando todo o banhado E o "Santa-Fé" pega um nado Quando vem clareando o dia A vaca berra no pelado do rodeio Reclamando o tempo feio Comendo a palha da cria O vento sopra num galope desbocado Se batendo no alambrado A água costeia o cerro Faz redemoinhos quando pecha no meu mouro Murmura berros de touro Lavando o lombo do aterro
E eu denovo vou "botá" o braço na enchente Porque a crescente essa vez foi macharrona O rio tranqueia se escorando nas barranca Babando uma espuma branca Igual potra redomona
Com fé nas linha Volto denovo ao pesqueiro E um pintado pescoceiro Se rebolqueia no anzol E o aguaceiro vai rolando Vai rolando E o aguapé sarandeando Se perde nos caracol A esperança rebrota junto ao gramal Pois renasce o banhadal Depois que a enchente se vai O rio matreiro matrereia num bailado E o posteiro do outro lado Vara o rio num sapucai.
Compositores: Enio Pereira de Medeiros (Enio Medeiros) (UBC), Rogerio Andrade Vijagran (Rogerio Villagran) (ABRAMUS)Editores: Allegreto Digital (UBC), Terra Sul (SOCINPRO)Publicado em 2006 (14/Ago) e lançado em 2006 (30/Mar)ECAD verificado obra #4473898 e fonograma #1141560 em 28/Out/2024 com dados da UBEM