Esse meu jeitão antigo De falar de pingo Bueno Égua que esconde o toso Se arrastando no sereno E uma estância de fronteira Com paraísos copados, E um pala feito bandeira Num verso de cacho atado
Quando as ânsias pedem vaza Pela vista galponeira Numa marca chimarrona Que vem pedindo porteira Eu quebro o cacho de um verso Destes de apartar em rodeio E agrando o meu universo De campo em riba do arreio
[REFRÃO] Um verso de cacho atado Tem sesmarias na essência Sangue crioulo templado Na mais nobre procedência Um sotaque fronteiriço Que fala alto por nós Quando se afirma um oficio No timbre forte da voz
Num domingo de sol quente Debochado e sem costeio Antes das barras do poente Na pulpería me apeio
Retovo um verso gaucho Com rimas que achei na estrada E encurto tempo e distancias Nesta milonga botada
E esse verso flor e truco Alma de raça campeira Pachola de cacho atado Como quem sai pras carreiras
Vai sustentando o que digo Na sina que Deus lhe deu Quando falo do Rio Grande Falo de um pago que é meu
[REFRÃO] (BIS)
Compositores: Anomar Danubio Machado Vieira (ABRAMUS), Carlos Augusto Bayan Madruga (Carlos Madruga) (UBC)Publicado em 2009 (31/Jul) e lançado em 2009 (01/Jul)ECAD verificado obra #901516 e fonograma #1571563 em 08/Abr/2024 com dados da UBEM