Meu pingo quebra o silêncio de noite mascando o freio Contraponteando com a sanga que vai serpenteando anseios Reculuta uma esperança quando solito estradeio Uma saudade se perde rondando trevo e massega Vara o mistério da noite tapada de pega-pega Pra sorver claros de lua quando a uma estrela se entrega
Na partitura da cerca entre arame e trameril Um minuano inventa modas floreando a pauta dos rios Nos galhos das casuarinas vai desquinando assovios
Meu pala branco abanando como bandeira de guerra Parece um barco na noite singrando o ventre da terra Carrega o pó da querência que brete nenhum encerra Carrega o pó da querência que brete nenhum encerra
Que lindo ouvir o sussurro da goela de um manancial Vertendo ecos de pampa nos flecos do parronal Pra crescer num pedregulho de um rio que corre bagual No bate patas do tempo a vida esvai-se "a lo largo" Levando junto o campeiro que tem o dia pra encargos As noites pras gauderiadas e paz na hora do amargo
Meu pala branco abanando como bandeira de guerra Parece um barco na noite singrando o ventre da terra Carrega o pó da querência que brete nenhum encerra Carrega o pó da querência que brete nenhum encerra
Compositor: Letra: Anomar Danúbio Vieira / Música: Carlos Madruga