Naquele sábado lindo Tinha um baile de bombacha E olhando os outros saindo Um peão sólito, achou graça
Porque as pilchas que ele tinha Já estavam muy remendadas Foram sacos de farinha Com as letras já desbotadas
Baile lindo pra ir de carreta Sina de escravo, é a do boi Volteou um baio lança seca E pro baile também se foi
Volteou um baio lança seca E pro baile também se foi
Vida amarga essa do peão Que não pode ir pras carreiras Nem ver gaita de botão Tocando chote, rancheira Quando ao rancho foi chegando Deu um baque na cancela E ao luar ficou espiando Pelas frinchas da janela(2x)
Quieto ali, cheio de encanto Viu os olhos de uma prenda Como ele ali num canto Triste, só fazendo renda
Mandou ali o santo pra ela E foi contando seus segredos E entre as sombras da janela Lhe beijou a ponta dos dedos
Viu ali o peão caipora Com sabor de um beijo puro E encendiando a cor da aurora Co'as promessas do futuro
E encendiando a cor da aurora Com as promessas do futuro
Foi-se embora com mistérios De uma noite enluarada Companheira do gaudério De bombacha remendada Com clarão dos olhos dela Trouxe a lua, estrela guaxa Com o feitil de uma janela Remendadas na bombacha (2x)
Naquele sábado lindo...
Compositores: Cesar Oliveira de Souza (Cesar Oliveira), Edilberto Teixeira ECAD: Obra #279779 Fonograma #1741206