Saco de Estopa Num saco de estopa com embira amarrado, Eu tenho guardado a minha paixĂŁo, Uma bota velha, chapĂ©u cor de ouro, bainha de couro e um velho facĂŁo, Tenho um par de esporas, um arreio e um laço, Um punhal de aço, rabo de tatu, tenho uma guaiaca ainda perfeita, Caprichada e feita, sĂł de couro crĂș. Do lampiĂŁo quebrado sĂł resta o pavĂu, Pra lembrar o frio eu tambĂ©m guardei Um pelego branco que perdeu o pelo apesar do zelo com que eu lhe dei TambĂ©m um cachimbo de cano Colombo Quantos pernilongos com ele espantei, Um estribo esquerdo que eu guardei com jeito, Porque o direito na cerca eu quebrei. A nota fiscal jĂĄ toda amarela, da primeira sela que eu mesmo comprei, LĂĄ em Soledade, na Casa da Cinta, 230 na hora eu paguei, TambĂ©m o recibo jĂĄ todo amassado, primeiro ordenado que eu faturei, Ă a minha traia num saco amarrado num canto encostado que eu sempre guardei. Pra mim representa um belo passado A lida de gado que eu sempre gostei Assim enfrentado um trabalho duro, eu fiz o futuro sem violar a lei, O saco Ă© relĂquia com os seus apetrechos, NĂŁo vendo e nem deixo ninguĂ©m por a mĂŁo Nos trancos da vida agĂŒentei o taco e o ouro do saco Ă© a recordação.
Compositores: Jose Caetano Erba (Caetano Erba) (SICAM ), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) (UBC )Publicado em 2019 ECAD verificado obra #272363 e fonograma #19127824 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM
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