Cigano e Brejão
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Berrante de Madalena

Cigano e Brejão


Comprei uma boiada brava
E vim trazendo do chão de Goiás
Depois de atravessar a fronteira
Do rico estado de Minas Gerais

A boiada estourou
No pé da grande Serra dos Cristais
Lutei bastante quase o dia inteiro
Mas a boiada esparramava mais
Morreram cinco dos meus companheiros
Fiquei sozinho com o capataz

Meu companheiro me falou chorando
Espere Deus, o nosso Salvador
Olhei pro céu e avistei baixando
Um misterioso disco voador

Saltou por terra moça boiadeira
E o seu berrante mudava de cor
Falou contente com um lindo sorriso
Pra te salvar aqui hoje eu estou
Eu vim do céu pra salvar a boiada
E o seu berrante ela repicou

("Com o repique do seu berrante
Logo a boiada foi se aglomerando
Os companheiros que tinham morrido
Naquele instante eu vi ressuscitando
Foi o milagre desta boiadeira
Que para o céu foi se levitando
Seu rosto lindo era o de Madalena
E as minhas penas ela foi perdoando
Caí de joelhos com o rosto em terra
E de contente eu solucei chorando")

Quando a boiada entreguei em Barretos
Foi três mil bois contados na chegada
Foi o milagre de Madalena
A boiadeira que eu vi lá na estrada

No outro dia eu fui acordando
Pois foi em sonho a grande jornada
Por isso mesmo eu creio em Madalena
A pecadora foi santificada
E será sempre minha protetora
Porque minha alma já sente amparada

Compositor: Elias de Oliveira (Faisca)
ECAD: Obra #13602 Fonograma #1980

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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