Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostra a senhora
Que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostra a senhora Que eu tenho aonde morar
Barracão é seu Eu vou desocupar Quero mostrar a senhora Que eu tenho onde morar
Se o barracão é seu Pode ir fingida mulher Tens o coração de anjo As feições de Lúcifer Barracão!
Uma duzia de mulheres Eu queria governar Três Odetes, três Marias Três Judites, três Guiomar
Eu queria ser balaio Da clheira do café Pra andar dependurado Na cintura da mulher Barracão!
Lá vem a morte pescando De caniço e samburá Quando a morte pesca peixe Que fome não há por lá
Ao cantar este samba Me lembro do Maestro Fon Fon Gravando na Companhia Odeon Barracão!
Não quero mais teu amor Nem tampouco teus carinhos Prefiro viver nas matas Como vive os passarinhos
Vai-te embora enganadeiras Não me venhas enganar Não nem venha dar o papo Que me deu a Guiomar Barracão!
Estrela do céu que brilha No azul do firmamento O nome daquele ingrato Não me sai do pensamento
Da Bahia me mandaram Um presente num balaio Era um corpo de gente Cabeça de papagaio
Eu queria ser balaio Balaio eu queria ser Para andar dependurado Nas cadeiras de você
Eu sou o João da Gente Não nego meu natural Eu defendo a Portela No dia de Carnaval Barracão!
Sou a mana Clementina Conhecida devagar Oi, lá em Mangueira Todo mundo quer saudar-me
Quem não pode, não intima Deixa quem pode intimar Quem não pode na carreira Vai andando devagar Barracão!
Minha mãe me botou fora Foi no tempo da miséria Tinha eu quatorze anos Veja que tamanho eu era
De Mangueira, vem Cartola Do Estácio, Ismael Da Portela vinha o Paulo Que era o nosso Deus no céu Barracão!
Compositor: Luiz de Franca dos Santos Filho (Franca Filho) (UBC)Editor: Cruzeiro (UBC)Publicado em 2000 (06/Set) e lançado em 1998ECAD verificado obra #1316475 e fonograma #1048596 em 08/Abr/2024 com dados da UBEM