Sonhar Não Custa
Eu já sonhei dirigindo um importado, um carro todo
preto com vidro filmado
rebaixado, pará-choque envolvente, roda liga leve
brilhando mais que os dentes
BMW a marca do possante, tem teto solar e eu no
volante
220 por hora marcava o velocímetro eu fui me embora
Só alegria o MD do carro só rolar nostalgia
Eu estou cruzando a norte pela Fernão Dias escutando
Jorge Bem cantando a Lua é minha
Viver assim quem não quer viver, um sapato italiano,
um relógio Cartier
No dedo um anel de longe brilha, puro ouro pedra
safira
Por onde passo as mulheres me amam, não é por mim, mas
sim é pela grana
No olho da perversa você vê o cifrão, quer sair com
ela vai dinheiro na mão
Sábado passado eu tava em Ubatuba, comendo fruta, eu e
as Puta
Todas lindas, pique modelo, capa de revista daquele
jeito
Dinheiro pra gastar só saco de Dólares, no banco da
Suíça e também em Nova York
Dinheiro faz dinheiro compra mansão, com carro, Iate,
mulher e avião nenão
Tô de volta de longa viagem, Espanha, Paris, Itália,
Buenos Aires
No saguão ela me aguarda, estilo Hollywoodiana traços
da África
Quem tem viu quem me vê, mulher é como vinho difícil
escolher
Presença marcante por onde passo, hei Muchacha te
gusta me taco
Já é, Deus abençoar, agradecer sem ter que reclamar
Ao mundo eu cheguei mais pra curtir, trabalhar não é,
não foi pra mim
Academia e Tennis nas horas vagas, Jockey apostas
milionárias
Madrugada sentido ao paraíso, quem me conhece sabe o
que eu digo
Condomínio fechado de luxo, Happy hour isso não é
tudo
A recepção é digna de rei, uma táça de champanhe, como
vai o Senhor está bem
Sais e pétalas, mãos macias, massagem nas pernas
Tete a tete, jogo cerrado, Gold pelo corpo levemente
perfumado
Ostentação são minhas relíquias, Audi, Mercedes,
preta, loca, novinha
Dos meus olhos são as meninas, R1, 900, Harley e uma
Ninja
Minha estrela fonte de luz, negão que se prese como eu
tem um Lexus
que consumo sem exagerar, na poesia deixo a vida me
levar
Onde chego todos me ganham celebridade ou denheiro que
promovem a fama
Mas aí a flor é nobre, celebra a vida e enfeita a
morte
Sonha não custa nada vever a realidade e outra parada
Composição: Codigo Fatal