Onde vai parar toda essa maldade Eu moro num país sem fidelidade e cada vez vou ficando sozinho Me vejo prisioneiro de um labirinto ninguém se importa na verdade com o que eu sinto Salve -se quem puder! Essa é a lei, apertem os cintos! País de devoradores picaretas. Congresso de ladrões e de mutretas. Tudo nessa merda acaba em carnaval. Isso é uma vergonha! Diz a TV, mas o que importa é a bunda da loura tão demodê E mais uma vez enganaram você Saboreio a incompreensão dos que me cercam Testemunhando a queda dos que me detestam Carrego sob o peito a vontade de mudar E como um exército de um homem só Tento me desfazer desse grande nó E o dilema é continuar ou virar pó Cuspo eternamente nessa estrutura Onde a democracia também é ditadura Tudo é maquiado e embalado pela TV. Nada é transparente, só mistério. Parece que tudo vai bem, que nada é sério E mais uma vez enganaram você Tenho raiva! O meu corpo arde Há uma chance e nada é tão tarde Apesar de nadar entre mortos. Nesse imenso barril de porcos.
Compositor: Carlos Henrique Oliveira de Vasconcelos Alves (Blanch) ECAD: Obra #216812 Fonograma #51848