Lá no bairro aonde eu moro Tem uma mulher tagarela Não consegue ficar quieta Tem a língua de tramela
Ela me chamou de feio De nariz de apagar vela Mas viver bem eu consigo Pois eu carrego um gosto comigo Posso até ser feio mas não sou dela
Bate com a língua nos dentes Mas pra ela não dou pelota Pra essa mulher faladeira Tô servindo de chacota
Feio também tem mulher Cada um tem sua cota Por isso eu falo e sustento O que a gente faz tem um pagamento E eu volto o troco conforme a nota
De ela me chamar de feio Pouco importo eu não ligo Com toda minha feiura Consegui ter meu abrigo
Quem desgaba quer comprar É verdade o que eu lhe digo Ser feio não é defeito Quem ama gosta de qualquer jeito É um ditado certo que vem dos antigos
Deus me fez um homem feio Pra não desmentir a raça Sou feliz vivendo assim Feiura não me embaraça
Nem um bonito passou Aonde esse feio passa Sou feio mas sou enjoado Vale muito mais um feio engraçado Do que mais de cem bonito sem graça
Compositores: Sebastiao Cezar Franco (Cezar) (ABRAMUS), Sebastiao Franco (Craveiro) (ABRAMUS)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 2011 (21/Out) e lançado em 2011 (04/Nov)ECAD verificado obra #197445 e fonograma #2264649 em 28/Out/2024 com dados da UBEM